(D-war, Coréia/EUA, 2007 )
Direção de Hyung-rae Shim, com Jason Behr, Amanda Brooks, Robert Forster, Craig Robinson
Preciso urgente refazer bons hábitos. Três bombas em poucos dias é demais para qualquer um. A campanha de divulgação de “D-War” ou “Dragon Wars” foi pesada. É o filme coreano mais caro da história ( US$ 100 milhões ) e usa uma antiga lenda do país, a dos Imoogi, serpentes gigantescas que buscavam encontrar um poder que lhes permitiram transformar-se no mais poderoso ser da face da terra, um dragão - e quando digo gigantescas, não é apenas uma mera expressão. Como em toda lenda ou conto popular, existe a Imoogi do bem e do mal ( esta acompanhada de um séqüito de dragões, monstros e soldados ) e o poder que elas buscam está adormecido no corpo de uma jovem, e irá se libertar quando ela completar 20 anos. A lenda foi combustível para uma superprodução que tem um ponto positivo: mostrar que efeitos visuais estarrecedores não é privilégio de produções americanas, e os de “Dragon Wars” são melhores do que a quase totalidade dos blockbusters atuais. No outro lado da balança, há inúmeros pontos negativos. O maior deles: o roteiro e os personagens são rasos como um pires, a ponto de ser irritante assistir ao filme e ver como tanto dinheiro foi aplicado em dragões, serpentes, explosões, destruição – a vítima da vez não é Nova Iorque, mas Los Angeles – e nem um pouquinho sequer foi direcionado a pagar um roteirista que fosse, no mínimo, menos medíocre.
Acharia muito melhor se essa história fosse mantida em seu “habitat” natural, usando atores coreanos e ambientada na Coréia, mas era preciso lucrar muito com o mercado externo e os produtores acharam que usar atores americanos e fazer o filme em inglês fosse ajudar. O público até comprou a idéia no começo, com boa bilheteria em mais de 1500 cinemas dos Estados Unidos, mas logo percebeu que era pura enganação. É irritante a facilidade com que tudo acontece, com que decisões são tomadas, fatos são aprendidos e, o pior de tudo, como a reação das pessoas – e digo todas as pessoas do filme – é tão pouco natural e forçada. Os diálogos são caricatos ( alguns clichês, do tipo “ Só tem significado aquilo pelo que lutar. Temos que ser fortes. Não podemos mudar o destino, mas podemos mudar a sua fé.” ) e “D-War” apresenta um vilão caricato, ridículo e patético que torna tudo ainda mais irritante – ele parece saído das sobras de “Mestres do Universo”, a horrenda adaptação de He-man para os cinemas nos anos 80 ).
É triste ver que havia potencial para fazer algo muito melhor. Não deixei de imaginar como seria essa história ambientada séculos atrás, sem explosões e helicópteros. Mas aí não haveria o apelo de ver uma cidade destruída ou uma serpente gigante se enroscando em um prédio. O dinheiro sempre fala mais alto. Ainda bem que a inteligência do público também.
É hora de ver algo bom pra limpar a cabeça de uma semana terrível... ( Imagens do Além, Oxford Murders e D-Wars em alguns dias é demais )
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