(Death Race, 2008)
Direção de Paul W. S. Anderson, com Jason Statham, Joan Allen, Ian McShane
Paul W.S. Anderson já dirigiu coisas estúpidas e algumas regulares, mas ao refilmar o cultuado "Corrida da Morte 2000", um filme de ação B bancado por Roger Corman nos anos 70, ele conseguiu se superar. Com a benção do mesmo Cormam, e mais dinheiro para se gastar em explosões, Anderson recebeu o diploma de mediocridade extrema, e arrastou gente de calibre com ele pro fundo do poço. O cara é muito ruim MESMO.
Um resumo basicão da estória, porque ela é só uma desculpa esfarrapada para tudo: um ex-piloto de corrida é acusado injustamente da morte da esposa e enviado a uma prisão, alguns anos no futuro, onde o grande "boom" da audiência televisiva é uma sangrenta corrida entre presidiários (?!) onde vale tudo. A morte da esposa de Jensen, nosso herói (!!) é uma farsa para levá-lo à prisão, para que a tirânica diretora Henessey ( Joan Allen, acreditem se quiserem ) possa colocá-lo atrás da ma´scara de Frankenstein, o mais idolatrado dos pilotos do jogo (!!!), cuja morte foi mantida em segredo.
OK, desculpa dada, vamos ao que interessa. Para buscar coisas boas nessa m... fugindo dos elogios às cenas de perseguição e explosões - o que, aliás, não é mais preciso ser um expert na indústria para fazer bem - resta dizer que Jason Statham merece, um dia, receber as bençãos de um bom diretor e uma produção mais esmerada. O cara é legal. Foi um bom vilão em "Cellular", segurou as pontas na franquia blockbuster "Carga Explosiva" e já provou que mantém sem problemas a atenção do público em um filme de ação. Falta a ele dar as caras com um bom diretor, o que Anderson certamente não é. Nunca foi. Não acredito que um dia seja. O cara é um medíocre copiador de estilos batidos que começa a acrescentar uma certa manha de Michael Bay em cenas idiotas ( como a câmera lenta e os cabelos esvoaçantes das garotas que co-pilotam os carros, todas gostosíssimas e presidiárias também ). E Anderson aprendeu que nesse tipo de filme, importa balançar muito a câmera, fazer cortes rápidos, onde uma sequência é vista de 4 ângulos em menos de 3 segundos. Isso é ilusão de movimento. Isso costuma iludir grande parte do público, mas não se sustenta com tantas idiotices e furos no roteiro.
O próprio filme original foi um dos motivadores do polêmico "Carmageddon", jogo que foi até banido no Brasil. A refilmagem admite não apenas a influência da estética de games modernos como deixa claro a motivação para lucrar mais com um jogo baseado nele: existem "atalhos" na pista de corrida, e os carros ativam armas e escudos passando sobre sinais espalhados na pista ( mais "Gamer" impossível ). A violência explícita se torna tão nauseante ( pelo menos na versão sem censura ) que o público fica anestesiado. Talvez seja essa a receita para querer que se compra a idéia de que um extintor de incêndio no rosto de um homem ou uma caixa de aço na nuca não façam mais do que tontear alguém...Dor é besteira, e a lógica que vá para o espaço.
Statham merece coisa melhor. Anderson até acertou a mão com os fãs em filmes como Resident Evil e Mortal Combat, e conseguiu estragar franquias consagradas ao meter a mão em "Alien Vs Predador". Mas ele conseguiu um feito inédito: conseguiu colocar na boca de uma consagrada atriz como Joan Allen uma frase como "OK, chupador de piça, fode comigo e veremos quem deixa a merda no caminho.".
Isso, sim, foi um feito digno de uma medalha.
Se quer ver um filme sobre o mesmo tema, feito com um décimo do orçamento, há 10 anos atrás, que também não é nenhuma maravilha mas tem mais alma do que essa b..., assista "O Sobrevivente" com Arnold Schwarzenegger, de 1987.
Indiscreto (1958)
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Indiscreto é uma comédia romântica marcada por reencontros e regressos.
Antes de mais pelo reencontro de Cary Grant com o realizador Stanley Donen,
com que...
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